Os efeitos econômicos da pandemia tem resultado em anúncios de linhas de crédito para empresas, com intuito de minimizar os impactos sobre a saúde financeira dos negócios.
Tanto governo federal quanto os bancos públicos e privados estão oferecendo várias opções, que podem ser destinadas ao pagamento da folha ou reforçar o caixa, por exemplo.
Diante de tantas incertezas, muitos empresários ficam em dúvida se recorrer ao empréstimo é a melhor saída neste momento. Você também já fez esta pergunta?
Para ajudá-lo(a) a tomar uma decisão mais assertiva, elaboramos este blog post com os pontos que devem ser levados em consideração antes da assinatura de qualquer documento. Confira!
O que levar em conta ao recorrer ao empréstimo
Antes de recorrer ao empréstimo é importante fazer um balanço da situação financeira de sua empresa. Coloque no papel quanto ela tem a receber, as contas a pagar, o saldo em caixa e a projeção de vendas, levando em consideração o período de isolamento.
Caso você perceba que as vendas atuais são insuficientes para pagar as contas que já existem e que as previsões não são boas, o crédito pode não ser a melhor saída.
No caso de financiamentos voltados exclusivamente para a folha de pagamentos, este pode ser uma boa saída. É que muitas linhas oferecem um período de carência de 6 meses para começar o pagamento e parcelamento em até 36 vezes.
Recorrer ao empréstimo, neste caso, seria interessante para evitar com que o capital de giro da empresa fique comprometido só com o pagamento da folha.
Apesar disso, é importante alertar que essa linha só é boa se a perspectiva de venda e recebimento da empresa for igual ou maior que seus gastos.
Antes de assinar o contrato, fique de olho nestes pontos:
- Juros: eles fazem parte de qualquer empréstimo. Por isso, compare todas suas possibilidades com pagamento no curto, médio e longo prazo. Verifique ainda se seu banco não está praticando juros abusivos. Se a resposta for positiva, o melhor a fazer é trocar de instituição.
- Carência: ter um tempo de carência para começar a pagar o empréstimo pode ser benéfico inicialmente, mas é preciso verificar se esta condição não vai prejudicar sua empresa no longo prazo. Isso porque quanto mais carência mais juros podem ser acrescidos a sua dívida. Faça uma análise com cautela neste caso.
- Número de parcelas: a quantidade de parcelas também interfere no empréstimo. Quanto mais, maior o prazo para quitar a dívida e maiores as taxas a pagar.
- Pesquise: nunca deixe se levar pela primeira oferta de empréstimo. Faça uma pesquisa detalhada das opções disponíveis para o seu negócio e em diferentes instituições financeiras.
- Faça as contas de sua real necessidade. Apesar da oferta de algumas linhas de crédito, é importante utilizar somente o necessário. Até porque, em algum momento, você terá que devolver este valor ao banco.
Para finalizar, um bom planejamento pode ajudar você a encontrar respostas se sua empresa deve ou não recorrer ao empréstimo. Aliás, ele faz toda a diferença no longo prazo, inclusive ajudando a superar a crise.